Um novo estudo produzido pela Central do Varejo revela que 47% dos varejistas utilizam inteligência artificial, o que deixa 53% desse público ainda afastado da implementação dessa tecnologia. A pesquisa, que foi repercutida pela Revista Exame, entrevistou 307 varejistas brasileiros.
A indicação, porém, é de mudança no curto prazo. Isso porque entre todos os que responderam ainda não utilizar esse tipo de ferramenta, 46% disseram ter a intenção; 47% disseram estar avaliando a possibilidade e somente 7% afirmaram não ter interesse em operar com inteligência artificial no futuro próximo.
A pesquisa responde, também, uma das principais dúvidas: o que está afastando o varejo brasileiro da IA? Segundo as entrevistas compiladas, a principal barreira é a falta de conhecimento, seguida pela falta de infraestrutura e por dúvidas quanto ao retorno sobre o investimento.
De acordo com a pesquisa, a frequência de uso da inteligência artificial no varejo é alta, já que 58% dos entrevistados confirmaram utilizar essas ferramentas diariamente. Eles afirmam, também, satisfação com a incorporação tecnológica, relatando aumento de eficiência, redução de custos, maior satisfação do cliente e crescimento das vendas.
No caso, essas ferramentas estão concentradas principalmente em marketing e vendas, o que inclui atendimento ao cliente via chatbots (56%), criação de conteúdo de marketing (50%), personalização da experiência do cliente (36%) e análise de tendências (34%). Há, também, quem utiliza a IA ara automatizar relatórios e prevenir fraudes.
Quando se avalia o investimento – que é um dos entraves listados acima – nota-se que a aposta financeira ainda não é alta no setor: 56% gastam até R$ 10 mil por ano e apenas 24% investem mais de R$ 150 mil anualmente.
Inteligência artificial é um dos assuntos prioritários da ABAD, tendo sido escolhido, inclusive, para embasar toda a programação da Convenção ABAD 2024 ATIBAIA, evento realizado em junho deste ano que reuniu centenas de pessoas do setor para debater os impactos da revolução digital no mercado.
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